domingo, 28 de maio de 2017

Principais Falas da Vereadora Aline Cardoso - abr/17


A vereadora Aline Cardoso participou de discussões importantes na Câmara no mês de abril/17.

Abaixo, seguem alguns trechos importantes e os links para acompanhar os seus discursos na íntegra:


A vereadora fez a defesa do plano de metas divulgado pelo prefeito Dória, alegando que eles têm objetivos mais claros do que os apresentados nas gestões anteriores e com impacto mensurável na sociedade. Além disso, elogiou o fato das metas estipuladas estarem relacionados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU:

"Nesses 50 itens do Plano de Metas do Prefeito João Doria, temos também uma diferença conceitual em relação aos Governos anteriores. As Metas são finalísticas, são focadas no impacto trazido para os cidadãos na efetiva melhoria da qualidade de vida para cada cidadão que vive nesta cidade...Fiquei também muito feliz em ver que o Plano de Metas foi elaborado observando os ODSs, já falei desta Tribuna sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que são compromissos assumidos por duzentos países. Dezessete objetivos devem ser alcançados até 2030 pelos países signatários, e o Brasil é um deles. Muitos desses objetivos são municipais, podem vir a ser alcançados pelos municípios."


A vereadora encampou com muita energia a defesa do projeto da nova São Paulo Negócios. Nesse seu primeiro discurso a respeito do tema, ela defendeu a importância de estabelecer essa nova regulação para colaborar na otimização do ambiente de negócios do município.

"Como as outras cidades do mundo avançaram, e São Paulo não, teremos um bom marco regulatório e precisaremos nos promover. É isso o que está sendo proposto com esse projeto: irmos ao exterior trazer investidores e estimularmos negócios internacionais, junto com o que o Prefeito João Doria já está fazendo para desburocratizar. Com essa soma de esforços do Executivo e do Legislativo - porque estamos aqui justamente a debater esse projeto que irá impactar a nossa economia -, tenho certeza de que alavancaremos a economia da nossa cidade e nos colocaremos em outro patamar de possibilidades não só para empresários internacionais e nacionais como também para os cidadãos paulistanos. Dessa forma, iremos revolucionar a posição de desenvolvimento econômico da nossa cidade."


Aline Cardoso fez diversas críticas à condução do prefeito Haddad nas políticas de criação de parques públicos. Segundo a vereadora, faltou vontade política para a criação do parque Augusta, do parque Brasilândia e finalização do parque Chuvisco, apesar deste ter parte das suas obras iniciadas na gestão da prefeitura petista.
Abaixo, trecho onde a vereadora fala sobre o Parque Augusta:

"Há de se perguntar por que esse parque não foi criado antes. Arrisco dizer que faltava vontade política para resolver o impasse, vontade política que não teve o Prefeito Fernando Haddad. E não dá para entender, porque era um Prefeito que falava tanto de direito à cidade, de qualidade de vida, mas, na prática, faltaram algumas ações por parte dele para que esses direitos fossem efetivados. O bom uso do espaço público é direito fundamental, pelo qual temos de lutar, e já tem sido pregado pelo Prefeito João Doria. Essa vitória em relação ao Parque Augusta é a prova disso."

É provável que o parque Augusta seja criado com um acordo entre a Prefeitura e as construtoras, trocando o terreno onde será criado o parque por terrenos disponíveis em outras regiões da cidade.


A vereadora fez nova defesa do projeto que cria a Nova São Paulo Negócios, desmembrando a empresa em três partes: Serviço Social Autônomo, São Paulo Parcerias e a Companhia São Paulo de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos - SPDA.

No discurso, Aline defendeu esse modelo que, segundo ela,auxiliará na gestão e planejamento apropriado das privatizações, concessões e PPPs que devem acontecer em futuro próximo.

Falando sobre a São Paulo Parcerias:

"Portanto, vejam bem, para aqueles que questionam, por que algumas pessoas têm dúvida se é necessário ou não desestatizar alguns bens, faz-se ainda mais necessária a criação da São Paulo Parcerias, para que eles possam ver os estudos, ter os elementos, os dados concretos que vão mostrar se sim ou não, se cada operação será benéfica para a cidade de São Paulo...Portanto, volto a dizer: esse projeto de lei traz, sim, benefícios para todos os paulistanos de todas as classes e principalmente para o trabalhador."

Todos os discursos foram extraídos do site da Câmara.
Neste link, você pode ter acesso ao conteúdo integral de todas as sessões realizadas.


Discurso - Vereadora Aline Cardoso - 25/abr/17 - Parte II

13ª Sessão Extarordinária da Câmara de Vereadores de SP – 25 de abril de 2017

A SRA. ALINE CARDOSO (PSDB) -

Boa tarde. Mais uma vez volto a esta tribuna agora para me posicionar e argumentar as razões do meu posicionamento em favor do PL 179. Projeto este que tem três objetos. Ele institui o Serviço Social Autônomo, São Paulo Negócios, que nós chamamos de Nova São Paulo Negócios. Nova, porque na gestão passada havia uma São Paulo negócios em outro formato.

Mas, agora, estamos propondo a criação de outra. Já essa antiga São Paulo Negócios, que é o segundo objeto deste projeto - PL 179/17 -, passa a ser a São Paulo Parceria. E o terceiro objeto seria, então, a Companhia São Paulo de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos - SPDA -, que traz, em seu escopo, a autorização da contratação de pessoal.

Falarei rapidamente sobre a SPDA, porque é uma questão muito simples, que também já investiguei, já estudei para poder compartilhar com os senhores. Essa proposta de contratação de pessoal próprio para a SPDA se justifica porque essa empresa, hoje, tem um efetivo muito pequeno - se não me engano, oito pessoas. Inclusive, algumas dessas pessoas estão afastadas e existe a possibilidade de aposentadoria. Enfim, existe a possibilidade de não ter, sequer, esses poucos funcionários trabalhando, e é necessário haver efetivo para o desempenho da função desse organismo.

Ora, caso realmente seja necessário efetivar esse direito à contratação de pessoal próprio, seriam pouquíssimas pessoas, o que não chegará a afetar, de forma alguma, as finanças municipais; ou, enfim, impactar o efetivo municipal, porque seria um efetivo muito pequeno e necessário para desempenhar essa função na Prefeitura,

Então, passamos, agora, ao debate sobre os dois principais pilares deste PL: São Paulo Negócios e a SPP.

Primeiro, se faz necessário tratar essas duas instituições, porque ambas deliberarão e tratarão de temas distintos - temas que não poderiam ser tratados dentro de uma só instituição. Prova disso é que, nessa última Gestão, a São Paulo Negócios, a antiga São Paulo Negócios, tinha a responsabilidade de atuar nas duas áreas: tanto na promoção de negócios, investimentos, oportunidades e desenvolvimento econômico, de modo geral, para a Cidade, quanto na viabilização de parcerias.

Eu mesma já falei aqui, nesta tribuna, que nessa última gestão foram analisados, pelo menos, três assuntos: a PPP da iluminação pública, um grande projeto, enorme, que demandou grandes estudos à Prefeitura; PPP de garagens e os estudos, também, sobre a venda do Anhembi, feitos na Gestão passada, na Gestão Fernando Haddad, dentro dessa São Paulo Negócios.

Ora, se mostrou inviável continuar trabalhando nesse formato por duas razões. Primeira, porque considero - inclusive, conheço bem essa antiga São Paulo Negócios -, que ela não recebeu todo o apoio, toda a força institucional que precisava. E, talvez, apesar dos esforços dos excelentes técnicos que lá trabalhavam, pela falta de força política e de estrutura, a instituição não tenha conseguido ir tão longe quanto a Cidade precisaria que ela fosse.

Então, tanto na questão das PPPs, que eram necessárias para a Cidade - e quem disse isso não fomos nós deste Governo, mas, sim, o Governo passado -, quanto na questão do fomento a negócios, a São Paulo Negócios, na Gestão passada, não conseguiu performar o tanto que precisava. Isso porque ela tinha essas duas competências. Portanto, se faz necessária essa separação das instituições. Temos, então, essa proposta de duas instituições.

No caso da SPP, da São Paulo Parcerias, ela tem como objetivo principal viabilizar todos os estudos necessários para que sejam implementadas as políticas de desestatização deste Governo. Como todos sabem, já na época da campanha do hoje Sr. Prefeito João Doria, havia proposta de um plano de desestatização para a Cidade, contemplando uma série de ativos, uma série de bens, uma série de instituições e de serviços, que são considerados como podendo ser passados à iniciativa privada, em diferentes modelos de desestatização.

Falamos, hoje, não só de privatização. Falamos de três modelos. Falamos de privatização, que só contempla dois equipamentos: no caso, o Anhembi, que já era objeto de estudo na Gestão passada, e Interlagos. Em seguida, temos os modelos das PPPs e os modelos das concessões. A grande maioria é concessão.

Já estava no plano de governo do então candidato e hoje Prefeito João Doria, esse plano. A população que votou nele, os 53%, mais de 3 milhões de pessoas sabiam disso, aprovaram essa visão. A visão que S.Exa. mesmo coloca como a visão de um gestor otimizando os serviços, maximizando os resultados e tentando, da melhor maneira possível, trazer benefícios para toda a população.

Ora, essa é uma proposta ambiciosa que se faz necessária, porque hoje não temos condições, a Prefeitura de São Paulo não tem condições de manter determinados serviços e oferecê-los com qualidade.

Se falarmos, por exemplo, do Anhembi. Ele está hoje com uma estrutura decadente, inclusive, tem perdido uma série de eventos, portanto, tem perdido receita. Se precisarmos tirar dinheiro do recurso público municipal para investir no Anhembi, esse dinheiro vai sair de algum lugar. Não tem mágica, não se cria dinheiro. Para colocar dinheiro num lugar tem que tirar de outro. Portanto, teria que tirar, não sei, talvez   da Educação, da Saúde, de algum lugar para reformar o Anhembi. Para colocar um ar condicionado, por exemplo, que não tem no Anhembi. Seria justo isso com a população de São Paulo? Claro que não.

Agora, é justo também fazer com que São Paulo não tenha um espaço adequado, descente para os seus eventos? Todos sabem, feiras, eventos, convenções são grandes geradores de riqueza, de negócios, fomentadores de uma economia. Todas as grandes cidades do Brasil e do mundo buscam atrair negócios para gerar riqueza. E São Paulo, inclusive, já perdeu muitos eventos pela falta de um equipamento adequado. Hoje até existe outro privado, mas o Anhembi, no caso, não pode mais ser.

Então faz-se necessária essa desestatização do Anhembi, no caso uma privatização, para que os investimentos a serem feitos lá e para que possam ser gerados os resultados benéficos na economia, sejam feitos com recurso privado e não com recurso público.

Mesma lógica para o Autódromo de Interlagos. Muito bom, muito bonito, fui lá só uma vez na vida, tenho 38 anos. Não sei, talvez 90% da população nunca tenha ido até lá. Então me pergunto se é justo que o dinheiro público, que todos nós pagamos impostos, que isso alimente um equipamento em que 90% dos paulistanos talvez nunca tenham ido.

E os outros, concessão, aí não há nem o que se discutir. Não perdemos a propriedade desses bens.

Simplesmente vamos conceder os serviços para que possam ser prestados com qualidade. E que os investimentos para que essa qualidade seja obtida sejam feitos pelo setor privado.

Ora, então ficando clara a necessidade de um plano de desestatização, e que foi de certa forma aprovado pela população de São Paulo, faz-se necessário sejam feitos os estudos para que não haja equívoco. Vide o caso da PPP da iluminação. Anos de estudos e não se chegou a um consenso.

Logo, é necessário ter um time qualificado, preparado, pensando em todos os aspectos da Parceria Público Privada, da concessão ou da privatização. Por isso é necessário, como já disse, essa separação. E há o estabelecimento, então, da São Paulo Parcerias.
São Paulo Parcerias vai ficar vinculada à Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias. E vou reproduzir aqui alguns dos seus objetivos: viabilizar e garantir a implementação do programa municipal de PPPs e o plano municipal de desestatização; estruturar os projetos de infraestrutura, concessões, parcerias público privadas, desestatização; fornecer subsídios e auxiliar a implementação.

Portanto, vejam bem, para aqueles que questionam, por que algumas pessoas têm dúvida se é necessário ou não desestatizar alguns bens, faz-se ainda mais necessária a criação da São Paulo Parcerias, para que eles possam ver os estudos, ter os elementos, os dados concretos que vão mostrar se sim ou não, se cada operação será benéfica para a cidade de São Paulo.

Assim, quem aprova o plano de desestatização deve obviamente aprovar a SPP. E quem tem dúvidas deve também aprovar a SPP, para que possa ter elementos concretos, para que possa ter números, dados e plano estruturados que vão então embasar a decisão de cada processo, de cada bem, serviço ou ativo da Prefeitura a ser desestatizado.

Muito bem, a SPP, portanto, vem da antiga São Paulo Negócios. Então estamos fazendo na verdade uma alteração nessa lei. Não estamos criando uma empresa. Não estamos necessariamente criando cargos e nem nada mais. É importante também ressaltar que a seguir virão outros elementos desta proposta do Governo para que todos os pilares deste plano de desestatização possam ser analisados. Portanto, o Fundo Municipal de Desenvolvimento, o Conselho, etc e tal.

Esse é um dos pilares que acredito ser uma forma muito responsável de seguir adiante em uma proposta que já foi aprovada nas urnas pela cidade de São Paulo e que, inclusive, foi defendida por governos anteriores, seja o Governo Haddad seja o Governo Lula, que também desestatizaram serviços, que também fizeram PPPs, concessões, etc. Então, dizer que este Governo está colocando São Paulo à venda não me parece embasado. Então, por que não disseram que o governo anterior também estava fazendo algo parecido?

A nova São Paulo Negócios, que a criação será feita nesta lei, também me parece um instrumento inquestionável pelas pessoas que querem o bem da cidade de São Paulo e dos paulistanos. Por quê?

Acredito que ninguém no Plenário e nem nas galerias seria louco de dizer que não precisamos de emprego, que não precisamos de trabalho, de renda. Todos precisam. A Grande São Paulo tem mais de dois milhões de desempregados e a cidade de São Paulo tem entre um milhão e duzentos, um milhão e meio de desempregados fruto de uma grande crise nacional, mas também da falta de políticas municipais estruturadas para a defesa do emprego, do trabalho e do empreendedorismo.

Faz-se necessária, portanto, uma grande política de desenvolvimento econômico que ajude a trazer de volta a dignidade dos paulistanos através do trabalho, da renda, do seu dinheiro suado e conquistado com o seu nobre esforço.

Mas, hoje, não é fácil gerar esse emprego, não é fácil para o empregado conseguir o emprego, mas às vezes também não é fácil para o empregador. Precisamos lembrar que a grande maioria da geração de emprego não é feita pelos grandes grupos internacionais ou pelos grandes conglomerados. O grande gerador de emprego do Brasil são as empresas de pequeno porte, as empresas de médio porte. Essas empresas não estão dando risada do trabalhador não, pelo contrário, essas empresas estão sofrendo para se manter de pé. A cada empresa dessa que fecha são dezenas de empregos que vão embora.

Manter empresas, principalmente de pequeno e médio porte, funcionando através de uma política de desenvolvimento econômico é manter a dignidade do paulistano - de qualquer classe e, principalmente, da classe trabalhadora.

Faz-se necessária também essa estrutura para desenvolver um Plano de Desenvolvimento Econômico para a Cidade de modo que sejam contemplados os setores estratégicos, os setores onde há mais vocação, os setores onde há mais oportunidades, os setores que poderão beneficiar mais a sociedade paulistana como um todo.

A São Paulo Negócios no seu novo formato vai pensar o desenvolvimento econômico da Cidade, vai identificar e articular oportunidades de desenvolvimento nos setores estratégicos, vai estimular, vai atrair desenvolvimento. Existem  setores onde há vocação, mas não há apoio, não há estímulo. Darei alguns exemplos: a tecnologia, a inovação, a saúde, setores da economia criativa, audiovisual, etc.

Hoje não temos uma política estruturada na Cidade para geração dessas oportunidades e, portanto, o potencial criativo do paulistano é grande, mas falta enquadramento, falta uma política de apoio.

A São Paulo Negócios sem o devido apoio do Prefeito Haddad até tentou e conseguiu implementar algumas políticas como TecSampa, mas infelizmente políticas pequenas.

Só queria finalizar dizendo o seguinte: além disso a nossa experiência na geração de emprego e riqueza mostra também que as políticas de apoio à exportação são geradoras de empregos. E falta em São Paulo uma política de apoio à exportação, que a Nova São Paulo Negócios vai implementar. Seu formato de serviço social autônomo permite receber recursos de outros organismos, PECs, como exemplo, e é possível que, desses recursos, venham milhões e milhões. Estamos falando de 2,5 milhões de investimento para a São Paulo Negócios funcionar, mas também da possibilidade de captar muitos milhões mais de recursos para apoio à exportação. Sabemos, por exemplo, que a cada 1 bilhão de dólares exportados, são gerados 50 mil empregos.

Um último ponto. Dentre outros projetos que podem ser implementados pela São Paulo Negócios, que inclusive terá um corpo muito enxuto, hoje se fala em gerar apenas 10 empregos na São Paulo Negócios. Há pessoas da oposição questionando: “Mas vai gerar empregos?”. Sim, vai gerar 10 empregos. Só que esses 10 poderão trazer outros milhões e milhões de empregos para a cidade de São Paulo. Um projeto que pode ser desenvolvido pela São Paulo Negócios, por exemplo, é similar ao que há na zona Leste, de desenvolvimento daquela região. Esse projeto de fomento à zona Leste já tem a ambição de criar 40 mil empregos. Poderá ser ampliado pela Nova São Paulo Negócios, mas poderá também ser replicado em outras regiões da Cidade para aumentar as oportunidades, estimular as vocações e fazer com que sejam gerados os empregos que a gente tanto precisa em São Paulo.

Portanto, volto a dizer: esse projeto de lei traz, sim, benefícios para todos os paulistanos de todas as classes e principalmente para o trabalhador. Obrigada.

Extraído de http://www.camara.sp.gov.br/atividade-legislativa/sessao-plenaria/registro-das-sessoes/

Discurso - Vereadora Aline Cardoso - 25/abr/17 - Parte I

22ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de SP – 25 de abril de 2017

A SRA. ALINE CARDOSO (PSDB) –

Sr. Presidente, Srs. Vereadores, cidadãos de São Paulo, boa tarde.

Quero começar fazendo um relato da reunião que houve nesta manhã da CPI sobre a vulnerabilidade das mulheres. Recebemos a Secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Patrícia Bezerra, nossa colega Vereadora nesta Casa, que esclareceu sobre a Secretaria, onde se encontra a Coordenadoria da Mulher e apresentou a situação dos programas, inclusive relatando algumas dificuldades pela falta de transição da gestão anterior para a atual; e afirmou que, apesar da extinção da Secretaria de Políticas para as Mulheres, todos os programas continuam e alguns serão ampliados. Relatou também algumas dificuldades, e decidimos fazer algumas diligências para ajudar na apuração dos fatos, como deve fazer uma CPI.

Deixo também, Sr. Presidente, um relato de satisfação ao dizer que estiveram neste plenário hoje 11 mulheres, sendo nove integrantes da CPI, a nobre Vereadora Soninha Francine, que voltou para esta Casa; e também a nobre Vereadora Patrícia Bezerra, que hoje se encontra Secretária.

Quero falar sobre o direito à Cidade, mais especificamente sobre a questão dos parques e do verde na cidade de São Paulo. Como já dissemos numa outra ocasião, a Organização Mundial da Saúde sugere que as cidades tenham o mínimo de 12 m² de verde por habitante, mas, na cidade de São Paulo, são apenas 2,6 m² de verde por habitante. Mas não precisava nem desse número da OMS para saber que falta verde na nossa cidade.

Na semana passada, no caderno Metrópole, do jornal O Estado de S.Paulo do dia 19, foi divulgada a seguinte manchete: “Doria decide criar Parque Augusta”. Esse Parque Augusta é fruto de um projeto de lei do nobre Vereador Aurélio Nomura, aprovado nesta Casa, e é uma grande vitória para a cidade de São Paulo.

Há de se perguntar por que esse parque não foi criado antes. Arrisco dizer que faltava vontade política para resolver o impasse, vontade política que não teve o Prefeito Fernando Haddad. E não dá para entender, porque era um Prefeito que falava tanto de direito à cidade, de qualidade de vida, mas, na prática, faltaram algumas ações por parte dele para que esses direitos fossem efetivados. O bom uso do espaço público é direito fundamental, pelo qual temos de lutar, e já tem sido pregado pelo Prefeito João Doria. Essa vitória em relação ao Parque Augusta é a prova disso.

Para o Parque ser viabilizado, o Ministério Público fez a proposta de que fosse mantida toda a área verde, em vez de edificar prédios naquele espaço, e que fossem cedidos outros terrenos para as construtoras. É nessa direção que o Prefeito está caminhando.

Tudo indica que serão doados às construtoras proprietárias do terreno do futuro Parque Augusta outros terrenos, provavelmente em áreas onde há um grande déficit habitacional. Portanto, essa ação também facilita o direito e o acesso à moradia, que é tão necessário na cidade de São Paulo, com um déficit habitacional gigantesco.

Sendo assim, essa é uma saída honrosa e prova que o que dizia o Prefeito Haddad – que faltavam recursos – não é necessariamente o caso. O que faltava mesmo era vontade de resolver, e isso o Prefeito João Doria já provou ter.

No caso do Parque Brasilândia, também faltou vontade política do Prefeito Fernando Haddad, porque, em fevereiro de 2011, foi dada a posse para a Prefeitura; a Juíza disse que tínhamos a posse e, inclusive, já havia um depósito de R$ 11 milhões na conta para desapropriação. Mas essa desapropriação não foi feita, o Prefeito Haddad empurrou com a barriga, permitindo inclusive que houvesse algumas invasões. Obviamente que respeitamos o direito à moradia, mas aquele terreno onde falta verde, onde falta qualidade de vida, na Brasilândia, onde faltam áreas de lazer, é fundamental.

O Secretário Gilberto Natalini, que também lutou durante anos por aquele parque, está à frente da Secretaria do Verde e Meio Ambiente hoje fazendo um bom trabalho, apesar de todas as dificuldades que encontrou, e também está lutando por esse parque.

Para finalizar, mais uma prova de falta de vontade do Prefeito Fernando Haddad: o Prefeito Doria já inaugurou o Parque Chuvisco – um parque que ficou fechado, com obras paradas durante dois ou três anos, e que, em quatro meses, o nosso Prefeito inaugurou. Portanto, em quatro meses, tem sido feito mais pelo verde e pela qualidade de vida da nossa cidade do que nos últimos quatro anos.

Muito obrigada.

13ª Sessão Extraordinária da Câmara de Vereadores de SP – 25 de abril de 2017

A SRA. ALINE CARDOSO (PSDB) – Muito obrigada, Sr. Presidente.

Eu estou de volta a este microfone porque fui citada pelo Vereador Donato e pelo Vereador Arselino Tatto.

Eu gostaria de reiterar o valor que nós atribuímos à democracia, à alternância de poder e também à Oposição, que deve sempre contribuir com as suas opiniões, com as suas críticas, sempre visando ao bem da Cidade. Porém, há de se fazer uma oposição responsável, não com base em mentiras, falsas acusações ou meias verdades.

Queria citar algumas informações que circularam nesta Casa e no Plenário nos últimos dias, de maneira irresponsável, a meu ver.

Por exemplo, na semana passada foi dito, com muita ênfase, que seria fechada a UBS Aldeia do Jaraguá dos índios guaranis. Isso é mentira! Não vai ser fechada.

Foi dito também que a Casa da Mulher Brasileira já havia recebido recursos, os quais os Governo Doria estaria segurando, e, por isso, a instituição não funcionava. Foi dito aqui hoje pela Secretária Patrícia Bezerra. Isso é mentira.

Foi dito, já há algumas semanas atrás, pelo Vereador Donato, e reiterado hoje pelo Vereador Arselino Tatto, uma crítica aos jardins verticais e ao termo de compensação ambiental. Ora, essa prática foi trazida a esta cidade pelo Governo Haddad. Não se pode, portanto, criticar a prática, como se ela fosse do outro, quando, na verdade, essa prática foi sua.

Também é dito pela Oposição que o Governo Doria quer vender São Paulo, fazendo um plano de desestatização. Ora, venhamos e convenhamos, o governo anterior, aliás, o Governo Lula, em âmbito federal, e o Governo Haddad, em âmbito municipal, também fizeram desestatização, também fizeram concessões - aeroportos, uma série de PPPs do PAC, na cidade de São Paulo uma PPP para iluminação, estudos para garagens. Aliás, estudos também para venda do Anhembi. Então, sejamos coerentes e corretos nas críticas que são feitas.

Para finalizar, eu queria trazer alguns números, porque após a fala do nobre Vereador Antonio Donato, entrei em contato com o Secretário da Fazenda Caio Megale, que está fazendo um belo trabalho dada a circunstância em que encontrou as finanças do Município.

Quero lembrar ao nobre Vereador Donato que meias verdades produzem um efeito negativo na sociedade, portanto é importante dizer o seguinte: V.Exa. falou que subiram as receitas do Município no primeiro trimestre. É verdade, subiram cerca de 5%, mas há que se dizer também, não podemos ficar na meia verdade, que as despesas subiram 10%.

As despesas subiram 10% em parte por causa da inflação, mas em parte - e uma parte significativa - porque a gestão passada, eu diria de forma irresponsável, aumentou determinados compromissos financeiros da Cidade, inclusive sabendo que não seria possível honrá-los, mas jogou a bola no colo do outro justamente para poder vir aqui depois e criticar.

Tenho aqui alguns exemplos, nobre Vereador, não tem problema não, nós trabalhamos com números e com verdades. Na área da Assistência Social, por exemplo, os convênios aumentaram em 26%, até acho que alguns convênios talvez precisassem ser aumentados, mas em 26% talvez seja exagerado.

Vou conversar depois com a Colega, a nobre Vereadora Soninha, para saber o que foi esse aumento significativo. Em média, foi 10, a Assistência, 26.

Eu queria também fazer uma observação que me deixou bastante intrigada. Eu tenho ouvido, nesses últimos meses, muitas críticas à Educação, ao corte do leite, a isso e aquilo. Agora, veja só, o Governo de V.Exa. que fez um aumento médio de 10% reduziu o investimento nos convênios da Educação em 3,5%. Nós temos de ser coerentes no que falamos. Primeiro, não usar meias verdades e, segundo, ser coerente.

Se vier reclamar que não há investimento na Educação há de admitir que foi porque V.Exas. baixaram o investimento da Educação. Se quiser dizer também que aumentou a receita, diga que aumentou a despesa, talvez de forma, eu diria, irresponsável.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

Extraído de http://www.camara.sp.gov.br/atividade-legislativa/sessao-plenaria/registro-das-sessoes/

Discurso - Vereadora Aline Cardoso - 11/abr/17


10ª Sessão Extraordinária da Câmara de Vereadores de SP – 11 de abril de 2017

A SRA. ALINE CARDOSO (PSDB) -

Gostaria de aproveitar o privilégio de poder fazer uso da palavra, agradeço ao meu nobre colega, Vereador Eduardo Tuma, por me ceder este aparte.

Queria aqui também falar sobre esse projeto que temos o prazer de debater esta noite. Inclusive, gostaria de dizer que algumas palavras do Vereador Police Neto realmente me deixaram ainda mais motivada, porque acho que S.Exa., apesar de trazer algumas novidades para o projeto, defendeu muito bem a necessidade de o encaminharmos, principalmente no que diz respeito à SPP.

Porém, gostaria de falar um pouco sobre a São Paulo Negócios em si, a nova São Paulo Negócios, que é a formatação que o novo projeto traz e reforça algumas das funções que já eram desenvolvidas pela São Paulo Negócios na gestão anterior e traz novas responsabilidades a ela.

Na gestão anterior, a São Paulo Negócios tinha como responsabilidade não somente a questão das parcerias e de algumas PPPs e algumas concessões, como foi o caso, por exemplo, da PPP da iluminação pública, que foi debatida dentro da São Paulo Negócios. Muitas idas e vindas, muitos questionamentos, mas enfim, aquela foi a instituição, aquele foi o foro de preparo, de debates do ponto de vista técnico do Poder Executivo Municipal para esse projeto, que foi muito importante.

Mas a São Paulo Negócios também tinha outro papel, como o nome diz: negócios. E, inclusive, acho que a gestão passada subestimou, subutilizou e não se beneficiou, não fez a Cidade se beneficiar de todo o potencial daquela instituição.

Ora, havia ali alguns funcionários muito esforçados, lutando para ajudar a melhorar o ambiente de negócios na cidade de São Paulo, e sou testemunha disso, porque como todos sabem, na gestão passada não era Vereadora, até então era empresária. Hoje deixei de ser empresária e estou aqui como representante do povo. Mas, como empresária, acompanhava muito o trabalho da São Paulo Negócios.

Acho que aqueles técnicos que lutavam ali no dia a dia para fazer projetos e melhorar o ambiente de negócios de São Paulo foram grandes guerreiros que, infelizmente, não receberam todo o apoio que deveriam ter recebido do Prefeito Fernando Haddad.

Aliás, diga-se de passagem, nos últimos anos, São Paulo virou uma Cidade totalmente desfavorável à realização de negócios. São Paulo espantou muitos empresários, e não foi só a crise econômica, aliás, crise econômica essa também causada pelo mesmo partido do ex-Prefeito Fernando Haddad. Mas, enfim, não foi só o contexto nacional de crise que afastou os empresários de São Paulo, mas também a falta de um marco regulatório propício, a falta do estímulo aos negócios.

Ora, negócio, empresa é geração de emprego e renda. Não estou falando do lucro de um capitalista que vai se enriquecer, o malvado capitalista, estou falando de um gerador de trabalho, de um gerador de renda. A Cidade precisa.

Temos na Grande São Paulo, se não me engano, 2 milhões de desempregados. Essas pessoas precisam ter empresas que as contrate. A São Paulo Negócios, na gestão passada, não conseguiu, por falta de apoio do Chefe do Executivo, desenvolver todo esse seu trabalho, toda essa sua vocação de facilitar o ambiente de negócios.

O projeto apresentado pelo Executivo, pela nova gestão, para nós traz, no artigo 3º do PL 179, os seguintes objetivos para a nova São Paulo Negócios: “I - identificar e articular oportunidades de investimentos em setores econômicos definidos como estratégicos”. Perfeito, precisamos que essas oportunidades sejam identificadas e estimuladas para poder gerar emprego para a população; “II- articular-se com entes públicos e privados, nacionais ou estrangeiros, para a promoção de oportunidades de negócios no Município de São Paulo e de exportações de produtos e serviços”.

Ora, exportações de produtos e serviços. Srs. Vereadores, as grandes cidades do mundo, aliás, as grandes nações do mundo apostam na exportação como um vetor de desenvolvimento. Por exemplo, a China. Qual foi um dos grandes motores do crescimento da China nas últimas décadas? A exportação. Não foi o único, claro, mas a exportação é muito importante para o desenvolvimento de um país. O que aconteceu nos últimos anos com a exportação do nosso país? Caiu, caiu horrores. Caiu no País, caiu no Estado, caiu na Cidade e não houve, na cidade de São Paulo, mecanismos de apoio, de fomento, de estímulo, de capacitação para os exportadores. Se houvesse, talvez tivéssemos hoje menos desempregados, talvez tivéssemos mais renda para os paulistanos e, infelizmente, não houve. Então, queria também ressaltar o mérito dessa função da nova São Paulo Negócios.

Temos também o estímulo a investimentos no Município de São Paulo, investimentos nacionais, investimentos internacionais, uma série de ampliação de empresas que já existem aqui, tudo isso para, mais uma vez, gerar riqueza para o nosso município.

Otimizar o ambiente de negócios no Município. Senhores, vamos relembrar alguns números que eu mesma já tive o privilégio de anunciar, embora não sejam números bons, mas que pude lembrar aos nossos colegas Vereadores e aos telespectadores essas informações. O Banco Mundial faz um ranking dos países onde é melhor e mais fácil fazer negócios. São Paulo tem o poder de impactar a posição do Brasil no ranking mundial. Hoje, o Brasil está em 123ª posição nesse ranking, ou seja, tem 122 países onde é melhor fazer negócios do que no Brasil. Volto a dizer, essa posição é principalmente puxada por São Paulo.

Se desmembrarmos esse ranking, vamos ver a classificação em relação à abertura de negócios no País. Ora, ali a situação é mais dramática ainda. A posição do Brasil é 175ª, puxada por São Paulo, onde são 101 dias para abrir um negócio. O que acontece? Isso faz com que seja praticamente desinteressante ao investidor internacional abrir sua empresa aqui. Há empresas, por exemplo, de call center que têm a possibilidade de gerar milhares de empregos e não vêm ao Município por uma série de entraves. Com a nova São Paulo Negócios, atuando de forma intensa para trazer mais investimentos para São Paulo, esses empregos virão para cá. Estou convencida disso.

Para vocês terem ideia, a título de comparação, nas outras cidades da América Latina, a média para se abrir uma empresa é de 31 dias para abrir uma empresa. Em São Paulo, 101 dias. Vemos que o Prefeito João Doria e sua equipe - Secretários Daniel Annenberg, Eliseu Gabriel, Paulo Uebel, Caio Megale - estão se esforçando com o projeto chamado Empreenda Fácil, por exemplo, para desburocratizar e reduzir para cinco dias esse período. Com isso, tenho convicção, Vereador Paulo Frange, que nossa posição no ranking mudará.

Mas, daí, o que acontece? Como as outras cidades do mundo avançaram, e São Paulo não, teremos um bom marco regulatório e precisaremos nos promover. É isso o que está sendo proposto com esse projeto: irmos ao exterior trazer investidores e estimularmos negócios internacionais, junto com o que o Prefeito João Doria já está fazendo para desburocratizar. Com essa soma de esforços do Executivo e do Legislativo - porque estamos aqui justamente a debater esse projeto que irá impactar a nossa economia -, tenho certeza de que alavancaremos a economia da nossa cidade e nos colocaremos em outro patamar de possibilidades não só para empresários internacionais e nacionais como também para os cidadãos paulistanos. Dessa forma, iremos revolucionar a posição de desenvolvimento econômico da nossa cidade.

Quero lembrar mais um triste indicador da nossa cidade. Dentre os temas estratégicos da cidade de São Paulo, temos a tecnologia e a inovação. Aliás, o setor de serviços em geral é o grande motor de cidades de todo o mundo - e no Brasil não é diferente. O setor de serviços é um dos que tem mais potencial para gerar riqueza na cidade. E, dentro do setor de serviços, um dos segmentos com muito potencial é o de tecnologia e inovação.

São Paulo figurava no ranking das 20 melhores cidades para se abrir uma startup, não para se fazer negócios de modo geral. Por quê? Porque a startup tem uma característica diferente: é algo mais rápido, mais intenso, que nasce e cresce onde há deficiências, principalmente do Poder Público. Os setores onde as startups mais crescem são os relacionados aos problemas urbanos. Vejam os aplicativos de mobilidade, como o Waze, por exemplo - para não citar outros e causar problemas aqui na Casa: é um aplicativo que ajuda a resolver um gargalo da Cidade, que é a mobilidade. Há outros, mas esses setores onde o Poder Público é deficiente têm potencial de negócios que as startups, por exemplo, podem ajudar a cobrir.

São Paulo figurava no ranking das 20 melhores cidades do mundo, apesar de toda dificuldade de se abrir um negócio aqui; imaginem se fosse fácil. Neste ano, São Paulo saiu do ranking! Ou seja, estamos saindo totalmente da rota do dinheiro internacional, do dinheiro produtivo, do dinheiro limpo, do dinheiro que gera emprego, do dinheiro que transforma vidas.

Eu queria, nos últimos minutos desta fala, dizer aos colegas Vereadores que aprovar esse projeto e transformar a São Paulo Negócios é dar esperança para o cidadão paulistano de dias melhores. Esperança de mais emprego, de mais riqueza, de mais capacitação profissional - porque onde há mais emprego há mais investimento em formação -, de mais possibilidade de empreender. Hoje quase metade da população sonha em abrir um negócio, mas não consegue pela falta de marco regulatório.
Para finalizar, nobres colegas Vereadores, temos, nesse projeto de lei da nova São Paulo Negócios - pensando realmente nesse pilar São Paulo Negócios, além da SPDA e SPP -, temos mais um ar, um oxigênio, uma esperança para o cidadão paulistano de que dias melhores virão.

Muito obrigada.

Extraído de http://www.camara.sp.gov.br/atividade-legislativa/sessao-plenaria/registro-das-sessoes/

Discurso - Vereadora Aline Cardoso - 04/abr/17

17ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de SP – 04 de abril de 2017

A SRA. ALINE CARDOSO (PSDB) -

Muito boa tarde a todos, Colegas, Mesa, telespectadores da TV Câmara São Paulo, população que nos acompanha, gostaria de fazer menção à visita do Prefeito João Doria a esta Casa, pois é sempre muito bom valorizarmos as relações estabelecidas com o Legislativo pelo Executivo.  Esse ato que o Sr. Prefeito tem repetido, de vir à Câmara Municipal prestigiar e dialogar com os Srs. Vereadores, é muito bom. Vejam que tinha dito que viria uma vez por mês e pensei até que não viria nesta semana, porque esteve aqui na semana passada. Porém, um motivo não tem nada a ver com o outro. Hoje veio pela visita mensal e, na semana passada, veio com o objetivo de trazer o Plano de Metas.

É louvável essa atitude do Sr. Prefeito, pois engrandece a política e o Legislativo. Queria falar justamente sobre o Plano de Metas apresentado na semana passada por S.Exa. Tive a chance de, de lá para cá, analisar o documento e gostaria de fazer algumas considerações.

Primeiro, relembrar a importância desse documento para a Cidade e para todos nós. Nós, Vereadores, devemos olhar para esse documento e ter nele uma das fontes de inspiração para o nosso trabalho, porque, afinal de contas, independentemente de questões partidárias, é um trabalho que foi feito e pensado por muitas pessoas, que estão atentas às necessidades da Cidade. Agora entramos também na fase das audiências públicas, que é muito importante para aprimorar ainda mais esse trabalho.

O Prefeito João Doria escolheu um modelo diferente de Plano de Metas em relação aos seus antecessores. O Prefeito Gilberto Kassab tinha um Plano de Metas com 223 Metas, e o Prefeito Haddad tinha um com 123.

Aliás, aproveito a fala do nobre Vereador Alfredinho, que me antecedeu nesta tribuna e disse que nesta Casa ainda não houve grandes debates nesses três meses, aliás, dois meses, de atividade legislativa na Câmara para dizer que talvez não tenhamos ainda aprovado projetos tão importantes como os da Legislatura passada. Mas lembro também o nobre Vereador que esses projetos não foram aprovados em dois meses na Legislatura passada. Então, agora, a partir do Plano de Metas e a maturidade dos dias de Governo - chegaremos a 100 dias - cada vez mais estaremos sim debatendo projetos para a Cidade.

Lembro, inclusive, que o Prefeito Fernando Haddad cumpriu apenas 54% das Metas do Plano que tinha estabelecido. Creio que não seja suficiente para suprir as necessidades da Cidade, lembrando também que o Prefeito Haddad cita a expressão “parcialmente cumpridas”. Na verdade, cumprir parcialmente não quer dizer nada para a Cidade. O parcialmente às vezes é apenas um debate ou uma reflexão, e o que a Cidade precisa é de soluções verdadeiras.

Nesses 50 itens do Plano de Metas do Prefeito João Doria, temos também uma diferença conceitual em relação aos Governos anteriores. As Metas são finalísticas, são focadas no impacto trazido para os cidadãos na efetiva melhoria da qualidade de vida para cada cidadão que vive nesta cidade.

São 50 Metas e 69 projetos estratégicos. Vale a pena ler esse material, porque, às vezes, ao ler as metas, podemos achar que alguns assuntos importantes ficaram de fora. Eu mesma, em alguns temas, tive essa preocupação, mas fiquei satisfeita ao ver que o tema não está na meta, mas está sim nos programas.

Inclusive, Vereadora Sâmia Bomfim, temas ligados à mulher estão sim presentes no Plano de Metas, estão apresentados explicitamente dentro de alguns programas. Então, antes de criticar, é importante ler, ter conhecimento de causa sobre todos os assuntos.
Esses compromissos da Gestão estão divididos em cinco eixos temáticos: Desenvolvimento Econômico e Gestão; Desenvolvimento Social; Desenvolvimento Humano; Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente; e Desenvolvimento Institucional.

Fiquei também muito feliz em ver que o Plano de Metas foi elaborado observando os ODSs, já falei desta Tribuna sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que são compromissos assumidos por duzentos países. Dezessete objetivos devem ser alcançados até 2030 pelos países signatários, e o Brasil é um deles. Muitos desses objetivos são municipais, podem vir a ser alcançados pelos municípios. E o Brasil, aliás, a Cidade de São Paulo pode vir a ser referência mundial de municipalização dos ODSs, a partir da lógica de trazê-los para o Plano de Metas. Acho então muito louvável essa definição da Prefeitura. E, como já disse naquela ocasião: todos aqueles objetivos da ONU foram refletidos com base nas necessidades do Planeta e dos países; e a cidade de São Paulo trazer esses objetivos para esse documento só enobrece as metas do nosso Prefeito.

Tinha elencado alguns elementos importantes sobre os quais gostaria de falar, acho que não vai ser possível descrever a todos, mas há metas muito inovadoras que colocam São Paulo na rota do desenvolvimento para os próximos anos.

Como já foi dito, essa é a função do Prefeito, e essa também é a função dos Vereadores, não só agir para hoje e agora, mas agir para o futuro da nossa cidade, estabelecendo bases sólidas para a melhoria da qualidade de vida dos paulistanos e, sem dúvida, melhorar São Paulo.

Muito obrigada.

Extraído de http://www.camara.sp.gov.br/atividade-legislativa/sessao-plenaria/registro-das-sessoes/

domingo, 21 de maio de 2017

Como anda a CPI sobre a Vulnerabilidade das Mulheres?


Reunião da CPI sobre a Condição de Vulnerabilidade das Mulheres (Fonte: site da Câmara)

A vereadora Aline Cardoso foi a autora do requerimento para instalar a CPI sobre a Condição de Vulnerabilidade das Mulheres de SP e também é a presidente da comissão, que tem por objetivo investigar a condição da mulher paulistana, com foco em três áreas:

A primeira delas, sob comando da vereadora Sâmia Bonfim (PSOL) atuará na área de violência contra a mulher.

Outra sub-relatoria observará temas de empoderamento econômico, sob responsabilidade da vereadora Adriana Ramalho (PSDB).

A terceira sub-relatoria abordará temas sobre a saúde da mulher. A vereadora Sandra Tadeu (DEM) será a relatora desta subcomissão.

A CPI foi instalada no dia 11/04 e terá reuniões quinzenais às terças-feiras, às 11h. O prazo original é de 120 dias (até 08/09/17), podendo ser prorrogada por mais 120 dias.

Como acompanhar a CPI?

Você pode ter acesso aos resumos mais completos de cada reunião clicando aqui.

Já foram realizadas 3 reuniões (dias 11/04, 25/04 e 09/05).

A primeira reunião teve foco na organização da comissão;

Na segunda reunião (dia 25/04), a CPI recebeu a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania,  Patrícia Bezerra.

Fonte: Site da Câmara

O foco da sua fala foi abordar a continuidade dos programas públicos da Prefeitura voltados à mulher, pois na mudança de gestão ocorrida no início do ano, o prefeito João Dória fez opção por extinguir a antiga secretaria de Políticas Públicas para Mulheres e trazer suas responsabilidades para o guarda-chuva da secretaria de Direitos Humanos e Cidadania.

A dúvida que ficou é: houve redução nos programas voltados às mulheres da nossa cidade?

Segundo Patrícia Bezerra, não. Ela disse o seguinte:

“Não tivemos perda nenhuma no atendimento. Perdeu-se a questão de ter uma secretária, um secretário-adjunto e uma chefia de gabinete. A coordenação funciona e os equipamentos funcionam da mesma forma e serão mantidos”.

No entanto, não há um comparativo claro dos atendimentos realizados este ano, pois segundo a secretaria, os dados de 2016 não foram disponibilizados pela última gestão.

Essa declaração resultou em polêmica, pois esses dados deveriam ser disponibilizados abertamente. Ficou a tarefa de buscá-los e permitir uma comparação justa com o nível de atendimento oferecido neste ano.

O compromisso assumido pela secretaria Patrícia foi o seguinte:

"Garantimos que o atendimento será igual ou superior ao ano passado, menor não será.”

Na terceira reunião (09/05), o tema abordado foi a participação das mulheres no mercado de trabalho.

Ficou evidente na discussão que as mulheres, na comparação com os homens, sofrem com empregos mais precarizados, com menor remuneração e uma extensa jornada de trabalho, visto que em geral cumprem dupla jornada (trabalho e responsabilidades da casa).

Lígia Pinto Sica, pesquisadora da FGV, deu uma forte declaração:

“A mulher ingressa no mercado de trabalho, mas ela não ascende. Essa percepção de que com o tempo as coisas melhoram e as mulheres conseguem ocupar os cargos de poder e diretoria é um mito. Os dados comprovam que a participação da mulher está estagnada há mais de 18 anos".

O site da Câmara compartilhou a repercussão dessas declarações na voz de Aline Cardoso.

“Nós iremos refletir como podemos, dentro desta pauta, melhorar a situação das mulheres na cidade, pois sabemos que a vulnerabilidade econômica impacta na vulnerabilidade social e deixa a mulher mais propícia a ser vítima de violência. Esse panorama nos estimula trabalhar na solução desses problemas”,

Continuaremos acompanhando a evolução da CPI e os desdobramentos concretos que esta comissão trará para a questão da vulnerabilidade da mulher na cidade de SP.

Para mais detalhes das reuniões abordadas acima, acesse os links abaixo:

Reunião do dia 11/04

Reunião do dia 25/04

Reunião do dia 09/05