quinta-feira, 30 de março de 2017

Discurso - Vereadora Aline Cardoso - 14/fev/17

5ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de SP – 14 de fevereiro de 2017

O contexto da fala é a votação de um substitutivo à Lei 56/2005, definindo penalidades financeiras a pessoas pegas no ato de pichação (Mais informações neste link).

A SRA. ALINE CARDOSO (PSDB) - (Sem revisão da oradora)

Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nossa plateia e quem nos assiste pela TV Câmara São Paulo, boa tarde.

Quero aproveitar esses meus cinco minutos para dizer que sou favorável ao projeto, porque eu defendo a nossa Cidade e quero viver numa Cidade mais bonita e mais harmoniosa. Eu acho que a valorização do patrimônio histórico e cultural, bem como o patrimônio ambiental, é fundamental para que os cidadãos que aqui vivem possam amar a sua Cidade, cuidar dela e ser mais felizes.

Sr. Presidente, eu queria aproveitar este momento para fazer uma sugestão a esta Casa, sugestão essa que eu mesma também pretendo ajudar e contribuir para que seja encaminhada: que aproveitemos esse momento caloroso, esse momento de debates - que, aliás, acho que são muito saudáveis, como, de manhã, na audiência pública. Considero que foi extremamente enriquecedor ouvir os dois lados, quem era favorável e quem era contra. Esse é o objetivo também do Parlamento, que as pessoas possam falar e ser ouvidas. Então, penso que devemos aproveitar a riqueza deste momento, a riqueza desse encontro de opiniões aqui, na Casa do povo, para juntos pensarmos nas melhores políticas públicas para os jovens da nossa cidade.

Hoje foi colocado por alguém: “Vocês sabem a origem da pichação? Vocês sabem por que o jovem picha? Vocês sabem por que o jovem vai para a rua?”. Eu acho que realmente são perguntas para nós aqui, Legisladores, fazermos e as aproveitarmos para encontrar a origem de muitos problemas da nossa sociedade, não só a pichação, mas também problemas que afligem a nossa coletividade, infelizmente levando jovens para caminhos que não são saudáveis. Nós temos índices horríveis de jovens indo para uso de substâncias ilícitas, gravidez na adolescência e evasão escolar; e talvez, se nós parássemos para analisar, veríamos que há muitos problemas que têm a mesma essência. Então, podemos pensar nesse momento para ter agora um olhar especial para os jovens e fazer políticas públicas construtivas; que possamos valorizar mais os jovens a partir desse momento, e não criminalizá-los. O jovem não precisa ser criminalizado. Ele precisa ser compreendido e apoiado.

Então, neste momento, estamos debatendo a lei contra a pichação e vamos aprovar tal lei – espero; vamos defender o nosso patrimônio e a nossa cidade, que precisa ser uma cidade agradável para se viver; mas que nós possamos, logo na sequência, também abordar esses outros temas, essas políticas públicas; que possamos também valorizar as casas de cultura, os telecentros e, claro, a educação, as escolas, e que elas possam também ter atividades mais lúdicas, atividades mais construtivas, e que o jovem possa desenvolver a arte também dentro da escola, até para coibir essa necessidade que ele tem de colocar para fora, exteriorizar essa sua expressão artística. Então, que ele possa trabalhar isso inclusive com profissionais que possam ajudá-los a desenvolver as suas capacidades e as suas habilidades.

Então concluo essa rápida fala de apoio ao projeto, mas também de solicitação para que possamos, logo na sequência, pensar em políticas de valorização para os jovens.
Obrigada.

Extraído de http://www.camara.sp.gov.br/atividade-legislativa/sessao-plenaria/registro-das-sessoes/

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